domingo, 10 de maio de 2015

O maior amor do mundo


Texto especial para o Dia das Mães. Parabéns a todas as mães!



A gente sempre ouve por aí que amor de mãe é incondicional. Eu não tinha muita noção do que era isso, repetido aos ventos como um mantra. Pelo menos até ser mãe.

Antes de ser mãe, tudo que ouvia a respeito da maternidade parecia meio exagerado. Hoje sei que não é. Nossas mães costumavam dizer: "quando você for mãe, vai entender". Mãe, você estava certa: hoje, eu entendo. Antes de me tornar mãe, tinha uma ligeira noção disso tudo. Sentir de verdade, só passei a sentir quando fui mãe.

Se alguém me dissesse, há alguns anos, que a minha vida iria se transformar completamente, eu poderia até imaginar: horas de sono perdidas, menos tempo para mim mesma, preocupações com uma vida sob minha responsabilidade etc. Não imaginava era o tamanho e profundidade das mudanças que a maternidade iria operar em minha vida. Posso dizer, sem medo de parecer meio brega, que ser mãe é experimentar o maior amor do mundo!

E, quando a gente é tocada por esse amor, a gente se transforma. A lagarta vira borboleta. A vida ganha um colorido especial. Quando estamos no papel de mãe, é como se apresentássemos ao mundo nosso melhor lado. Não que a maternidade seja um mundo cor-de-rosa, intocado, perfeito. Tudo isso a gente descobre, no dia a dia, que não é. Porque, antes de sermos mães, somos humanas. Sofremos, erramos, aprendemos. Compreendemos melhor os nossos pais. Perdoamos. Tornamo-nos mais empatas. Passamos a entender melhor o tal do "amor incondicional".

Descobrimos o amor pelos nossos filhos (ah, esse é fácil!). Mas, além disso, descobrimos o amor por cada filho e por cada mãe. Sorrimos com os filhos de outras mães. Choramos por esses filhos e, mais ainda, choramos por essas mães. Porque a dor de uma mãe não é dela, apenas. É de todas. É como se todas as mães estivessem unidas por essa espécie de sentimento mágico.

Nossas prioridades mudam depois que a gente é mãe. Porque nossa vida e nosso tempo já não  são só nossos. A gente descobre o quanto a infância de nossos filhos passa rápido. Que nada se compara a acompanhar os primeiros sorrisos, os balbucios, os primeiros passinhos, as descobertas. Que sentar juntos para fazer dever de casa é um aprendizado maravilhoso. Para eles e, especialmente, para nós. A gente dá valor a cada beijo de despedida na escola, pois logo eles irão crescer e terão vergonha disso.

A gente se sente importante de verdade. Porque, para nossos filhos, somos referência. O que dizemos a nossas crianças é como uma verdade absoluta. Por isso, aprendemos a nos policiar mais. O que dizemos e fazemos a nossos filhos será determinante para eles.

Aprendemos a administrar melhor nossos anseios e culpas. Sentimo-nos mais leves quando tiramos dos ombros o peso da culpa que o mundo aprendeu a jogar sobre as mães. Descobrimos, pela experiência, que não precisamos ser heroínas nem polivalentes, mas acabamos sendo um pouco disso mesmo assim.

Fazemos nossas preces em silêncio. Pedimos mais tempo nesta terra para passar com nossos filhos. E, mais que isso, suplicamos mesquinhamente que jamais um filho parta antes de nós. Porque, apesar de sabermos que eles não são nossos, apesar de tê-los carregado no ventre, nos braços e para sempre no coração, queremos ter o aconchego deles por perto e, não, não queremos experimentar a dor de ver um filho partir.

Passamos a apreciar as horas juntos, os sorrisos e silêncios compartilhados. Porque podemos passar horas entretidos, cada um com suas atividades, mas sabemos-nos juntos. Aprendemos a conviver com as diversas emoções (muitas vezes diametralmente opostas) que a maternidade proporciona. Encontramos paz na agitação, disposição mesmo quando o corpo se sente esgotado e força onde sequer imaginávamos existir.

Quando a gente se torna mãe, a gente experimenta um pouco do maior amor do mundo. E isso nos torna mais especiais. Hoje entendo quando dizem que mãe é meio sagrada. Não porque deixamos de ser humanas, mas sim porque provamos do amor que, com certeza, vem de Deus.

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